segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Jardim


contemplo a imensidão
que se prende em meu jardim
de plantas a insetos, a solidão
em uma mesa do austral.
Um mundo corre, voa
mas o meu é aqui feito de passaros atoa.

Os muros prendem o poente
que desce pelo vermelho dos telhados
ainda tento e me ergo nos pes relutantemente
mas a cidade me deixa aqui trancado
em meu eterno mundo
na minha mente profundo.

Voam as borboletas nas flores
libélulas, mariposas, abelhas
seguindo odores.
Há um canto de pássaros em minhas orelhas.
Retumba o vento nos coqueiros
florescem os canteiros.

Olho a vida que mergulha
na grama confusa
enquanto o sol solta sua ultima fagulha
olho a minha imensidão, musa
com todas as suas grandezas metrificadas
em um jardim de quatro beiradas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário